é aquele momento incerto: estou grávida? sim, não? é agora? será mesmo? Não tivemos pressa em fazer um teste. Sempre tive ciclo irregular. Meses antes, um ginecologista havia dito que, por conta disso, eu teria dificuldades em engravidar. Decidi não me preocupar com isso e deixei a natureza agir. Se fosse o caso, se não engravidasse, não teria filhos — simples assim.
Desde o começo do mês, quando a menstruação deveria chegar, sentia-me bem cansada. Preguiçosa, até. Parei com a atividade física, que fazia todas as manhãs durante o último ano (consistia em dançar “just dance” no video game, hihi). Perdi a vontade de tomar café — uma xicrinha sempre depois do almoço, não mais do que isso. Sobretudo, o que indicou algo diferente dentro de mim foi o crescimento dos seios. Antes de ir procurar um teste na farmácia, fui a uma loja comprar sutiãs novos.
Sentia também uma dor de cólica, como aquelas antes da menstruação. Elas se assemelham às dores que tive no final da gestação. Tem gente que diz, em tom de piada, que cólica é uma pré-dor de parto. Vejam só, isso é muito verdade; os acontecimentos do corpo feminino tem uma sutil conexão. Que coisa mais linda.
Umas três semanas depois do começo desses sintomas, resolvemos comprar aqueles testes que identificam o hormônio da gravidez pela urina. E não é que deu positivo?! No mesmo dia, já marcamos consulta na ginecologista.
Bateu aquela sensação: “mas já?! será que estou pronta? meu corpo vai dar conta de todas as mudanças que vem por aí?” Não imaginávamos que isso tudo aconteceria tão rápido. É a natureza, com seus tempos, momentos e ritmos.
Tem algo que eu faria diferente? Sim: se pudesse voltar atrás, eu teria procurado logo de início uma parteira, para fazer o acompanhamento com ela. O enfoque é todo diferente, os exames, as informações dadas. Quem sabe até uma doula.
Ao cansaço seguiu-se enjoo… coisa que eu conto em outro post!