AMAMENTAR, NO PRIMEIRO MÊS

é bem difícil: mas, se tudo correr bem nesse primeiro momento, você pode ter certeza que vai dar tudo certo daí pra frente — foi isso o que me disse uma consultora de amamentação, quando veio me visitar.

Escutar isso me deu muita força. Fazia uns dias, uma dor forte surgiu, no seio esquerdo. Logo depois, uma ferida foi se abrindo no mamilo. Estava triste e precisava de uma orientação.

Tudo o que eu quero é amamentar. Dava o peito, mesmo com a dor. O receio era a ferida piorar e eu ser levada a interromper a amamentação. Não queria nenhum substituto ao peito, que poderia levar ao desmame. O Francisco mamava muito e eu me perguntava se os seios resistiriam às longas mamadas.

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Primeira coisa: se apareceu alguma ferida, é porque a pega não está correta. Pois é, eu controlava tanto a pega no começo… mas tinha desencanado. Corrigir esse problema foi o primeiro passo.

Além disso, a consultora recomendou repouso ao máximo. O Marco se ocupou de grande parte das tarefas da casa. Amamentar deitada: ela me incentivou a essa posição, que eu achei ótima. Até então eu ficava sentada, o que me deixava bem cansada. Em suma, continuar firme na amamentação, em livre demanda.

Para cuidar da ferida, passar chá de sálvia, depois enxaguar. Ficava um bom tempo com os peitos de fora. Passava o próprio leite e deixava secar.

Mesmo assim, após alguns dias recorri àqueles bicos de silicone que protegem o mamilo durante a mamada. Não são recomendados, mas foi algo que ajudou durante um curto tempo, até a ferida fechar. O Francisco estranhava o bico, rejeitava, mas no fim mamava. Eu mesma não queria que ele se acostumasse, ainda bem que realmente ele preferia sugar direto o peito!

Também tentei bombear o leite com uma maquininha, mas não gostei da experiência. Pessoalmente, acho preferível a ordenha manual.

A ferida sarou, em poucas semanas. Estamos firmes e fortes no mamá, sempre que a gente quiser; felizes por termos superado um pequeno obstáculo em nossa estrada.