das grandes cidades: nelas as pessoas falam sobre a própria cidade e produzem discursos que a recriam, engrossam o coro da população numerosa. Assim elas são construídas. Mesmo quem é de fora conhece essas grandes cidades, cheias de cantos e histórias. E há cidades que são pouco faladas, escritas. Ou que nada dizem. Não há … Continue lendo MITOLOGIAS
Mês: maio 2010
A VONTADE COMO
uma luta. Sensação hoje de enfrentar todas as opiniões contrárias para eu fazer o que queria: só passear numa tarde bonita... Ou o que eu quero sempre tem que ter algo de contrário à vontade dos outros? Ou nem só à vontade dos outros, mas ao meu próprio medo.
EM VEZ DE DIZER
outra coisa diz por nós. Por falta do que dizer - por falta de conhecimento da própria situação? - a citação, a imagem de uma música, a referência a uma personagem. O que Cecília Meireles disse também não é só dela era de outro lugar; ela deixou falar outras coisas? Seriam das minhas coisas, afinal, … Continue lendo EM VEZ DE DIZER
“PORQUE O REI
fazia questão que sua autoridade fosse respeitada". Assim é o monarca que o Pequeno Príncipe encontra em sua viagem. É uma das personagens que mais me marca no livro. Isso porque tem uma sabedoria muito prática: - Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, … Continue lendo “PORQUE O REI
A RUA PAIM
faz parte da minha rotina: passo por lá quase todo dia; é uma das melhores vias de acesso para chegar em casa. Ela sempre foi mal falada. Há ali um treme-treme e, a caminho da Frei Caneca, inúmeras casinhas, que reúnem muita gente. O pessoal no fim-de-semana põe a cadeira para fora de casa, os … Continue lendo A RUA PAIM
DURANTE A PROJEÇÃO
de Viajo porque preciso, volto porque te amo, me veio o sonho que eu tive, talvez hoje mesmo, talvez poucos dias atrás. Eu já sabia, hoje de manhã me lembrei, que eu sonhei que era preciso regar as plantas. Eu regava, via a água entrar por meio da terra, os vasos transparentes me mostravam o … Continue lendo DURANTE A PROJEÇÃO
UM OUTRO ELE
Larry David, em Tudo pode dar certo, faz o que se espera do que não se prevê: ser um ator diferente do Woody Allen e ao mesmo tempo encarnar algo do Woody Allen: ser o outro, ser e não ser mais um outro da lista de personagens neuróticos. Um exercício imenso, esse, de se fazer … Continue lendo UM OUTRO ELE
E NESTE DOMINGO
eram seis da tarde e eu só queria registrar o momento, a música feita do que vinha pela janela.
DOMINGO PASSADO
sem ter planejado nem nada, revi com a Karen A árvore, o prefeito e a midiateca, do Rohmer. Já queria, desde janeiro, quando ele faleceu, rever, ou até melhor, fazer toda uma retrospectiva do que tem dele em dvd. E até ir atrás dos filmes posteriores a Inglesa o e duque. A Karen defende que … Continue lendo DOMINGO PASSADO
INDO E VINDO
do hospital semana passada, na primeira ida pensei: esse lugar que nos afasta da doença, da morte. Que coloca tudo num mesmo fundo branco, um mesmo cheiro que não é cheiro de nada: assepsia, silêncio, frieza. E como era tudo num certo antes que não temos mais: dos partos às mortes, tudo acontecia aqui no … Continue lendo INDO E VINDO