UMA PARTE DA CASA

 

que estava em demolição resiste na rua Paim, ao lado do estande de vendas de um prédio novo; enquanto não é derrubada, nesse resto de casa se organizam mudanças para o norte e o nordeste.

alguns outros capítulos das mudanças da Paim: 23 de maio de 2010, 9 de dezembro de 2010, 28 de janeiro de 2010, 17 de março de 2011, 20 de março de 2011, …

DESCIA A RUA

Paim e no meio das demolições todas descobriram uma igrejinha no fundo de uma casa, em estilo neogótico. Ela seria demolida também? Não pude saber. Só via subindo a rua uma procissão grande, com muitas crianças. Mais para baixo, outras crianças não participavam da procissão, mas jogavam bola. Parecia que quem acompanhava a procissão era rico, quem brincava de bola não.

MAIS DEMOLIÇÕES

na rua Paim: duas casas e um galpão, vazio faz muitos anos.

As duas casas reuniam muitos moradores. Essa com pastilhas coloridas tinha uma lojinha de aparelhos eletrônicos, locadora de DVD e venda de pamonha (até uma época foi aberta ali uma loja de produtos de milho). Da casinha branca ao lado só está de pé a fachada. Já o galpão tem um estilo que destoa de qualquer outra construção da rua.

A RUA PAIM FICOU

sem mais algumas casinhas, demolidas nesses últimos dias, onde anos atrás funcionavam a cantina Posilippo, uma loja de jornais e produtos de papelaria, artigos para construção, marcenaria.

A rua Paim que se vê pelo Google street view já é muito diferente da que passo todos os dias. As imagens que captaram são de antes da copa, que fotografei. Mais algumas casinhas serão em breve demolidas, já com portas e janelas fechadas por blocos de concreto. A árvore da calçada vai continuar ali?


Talvez o problema nisso tudo seja a minha dificuldade de imaginar a rua com os prédios que nos anunciam.

A RUA PAIM

faz parte da minha rotina: passo por lá quase todo dia; é uma das melhores vias de acesso para chegar em casa. Ela sempre foi mal falada. Há ali um treme-treme e, a caminho da Frei Caneca,  inúmeras casinhas, que reúnem muita gente. O pessoal no fim-de-semana põe a cadeira para fora de casa, os bares tocam música alto, as crianças jogam bola no meio da rua, o lixo se acumula nas calçadas.

Eu poderia elencar só inconvenientes, mas não. Muito tempo conhecendo e morando por perto, vejo que as pessoas vivem muito próximas. E há muito tempo ali, construíram laços. Assim como eu vejo muita gente que cresceu lá, também devem perceber que eu passo por ali faz muitos anos.

Ultimamente, com o crescimento da região, algumas casas começaram a ser demolidas. Empreendimentos que já se generalizaram na Frei Caneca, depois do shopping, chegam agora mais para baixo. E ameaçam toda uma vida dessa rua, barulhenta mas amigável.

Nessas casinhas, além de residências, há toda uma quantidade de serviços: um senhor que conserta bicicletas, uma costureira, três bares, uma casa do norte, uma lojinha de produtos variados (vassoura, brinquedos), uma pizzaria, uma loja de materiais eletrônicos usados (com minilocadora de dvd), uma senhora que vende pamonhas, outras pessoas que vendem churrasquinho, um barbeiro, uma marcenaria, uma loja de roupas…

No lugar disso tudo, só portarias de prédios?

Já não há mais: uma padaria (a mais perto? na Frei Caneca somente…), uma fábrica de ar-condicionado, uma banca de revistas, uma papelaria, uma loja de produtos para festa, um restaurante típico italiano, o Posilippo. Onde vai subir um prédio tempo havia, faz dez anos, uma granja que vendia galinha caipira. Será que a casa branca, onde hoje funciona a farmácia, vai continuar por lá?

Não lembro se outras vezes a rua se decorou tanto para a copa. Com que cara estará a Paim na copa seguinte?