O SOL NASCIA

num sonho desta semana. No meio de uma paisagem marrom escura, surgia o sol laranja-amarelo. Rápido, ao lado, estava a lua, muito grande, com os seus desenhos na superfície. Só assim era possível distinguir o sol da lua. Porque os dois estavam com a luz muito parecida. Até dava pra desconfiar se o que acontecia não era o contrário – se não era o sol que refletia a luz laranja-amarela da lua.

O CÉU AQUI

como o céu onde você ou ele está, onde estamos, não é igual ao céu de nenhum outro dos dias em que olhei para ele. O céu aberto de três meses atrás se perdeu na ventania, veio outro que já foi embora faz menos de uma semana, antes sufocado pela fumaça quente, agora dissolvido em nuvens de chuva, que eu tanto queria ver. Tanto o sol como a lua se mostraram em todos os tons que conseguiam refletir – antes de se esconderem por entre as nuvens, foram azul, cinza, branco, amarelo, laranja e vermelho, mais escura, a cor sem nome.

O céu daqui me mostra mais o tempo que passa, no meio da noite, fim da madrugada, enquanto eu não estou dormindo – acordada?