UM SHOW TERMINA

e ficamos alguns minutos esperando o bis. Os amigos que estavam comigo resolvem ir embora. Fazem planos de viagem, eu começo a lembrar de um restaurante no Rio de Janeiro, o nome me foge, onde a sopa é muito boa.

Fico sabendo que tem alguém me esperando fora da sala. Subo as escadas, elas são muitas. Quando chego lá fora, a pessoa que me esperava já tinha ido embora – ou na verdade não estava me procurando.

ESTAVA NO RIO

e queria ir muito à cobal do Humaitá – vontade recorrente de sonho. Estava com umas moças. Elas queriam ir  de ônibus, não estávamos longe. Perdemos alguns, mas chegou um em que todas subiram: um ônibus com um bufê de degustação. Entre os bancos, uma mesa comprida com geleias, licores, pães e bolos. Numa parte mais acima, coisas de chocolate: brownie, brigadeiro. Sentei logo depois da porta; parecia só haver mulheres naquele ônibus. Uma moça servia a todas as outras, passava geleia num pedaço de pão que eu peguei, com uma faquinha de plástico. Ela misturou geleia de figo com morango.

Uma das mulheres que comia no ônibus era uma professora de espanhol, que conversava sobre uma fruta, ‘delique’, típica do Havaí. Eu já via essa fruta: era um morango mais estreito e amarelo, que crescia em árvores frondosas.

HOJE EU QUERO SAIR SÓ

o clipe dessa música saiu bem na época em que eu vim passar férias no Rio com a família. O colorido do centro da cidade me encantava, era um outro ar, mesmo que parecido, diferente do centro de São Paulo que eu gosto tanto.

Era julho, tinha Copa do mundo como teve este ano. Uma noite eu liguei pro Teleguiado, aquele programa com o Cazé, ele me atendeu. Sempre tinha pensado em pedir o ‘Devil’s haircut’, do Beck; mas como era copa a gente precisava pedir clipes de músicas brasileiras. Então não teve outro.

Tanto o Beck como o o Leninne estão em seus clipes andando pela cidade.

A letra também me convinha um tantinho, lá em 1998. Hoje talvez um pouco mais do que antes.

COMO APAGAR O SOM

de uma motosserra que está cortando árvores na janela do quarto, nos momentos em que se levanta da cama?
Ajuda ouvir esse musiquinha tão linda, que eu não canso de repetir!

O grupo, Tante Hortense, esteve aqui em São Paulo ano passado e ficou uns meses hospedado pelo grupo do Zé Celso. Apresentaram-se no Teatro Oficina, renovando a mistura Brasil-França, que às vezes pode ser muito chata, mas que com eles não foi. A linha de ônibus 531, sobre a qual a música fala, não existe no Rio.

DURANTE O SONHO

eu já comecei a pensar que eu podia escrever sobre ele no blog.

Seguindo uma coisa que o Luís tinha começado a fazer na casa dele (ele estava colocando fotos malucas nos perfis de orkut e facebook dele, que não existem), eu queria fazer fotos dos objetos que eu tenho, dos bonequinhos, elefantes, bichinhos, dos bibelôs. Tudo era super colorido. Mas ao contrário do que eu tenho realmente, eu tinha muitos bonecos de figuras humanas: jogadores de futebol, integrantes de uma banda de rock de sucesso que eu nunca tinha ouvido falar, um caminhoneiro, uma moça do nordeste em cima de um jegue. Era tudo realmente colorido mas chegou a me confundir. Eu comecei a tirar algumas fotos, mas fui interrompida por uma pessoa de uma comunidade negra. Ela acompanhava um grupo de turistas africanos lusófonos. Parecia que estávamos na frente da confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro – isso porque ontem eu li o post em que eu falava dela.

Na frente da confeitaria tinha uma sala de cinema antigo, era ao mesmo tempo como se fosse o espaço unibanco daqui da Augusta, três salas com os pôsteres na entrada. Eu queria muito assistir um filme, era quinta e a sexta-feira chegou logo de cara e eu perdi os filmes.

Na sexta, só tinha filme chato em cartaz: algo como um “Halloween 4 – as caveiras pedem fogo”, o cinema cheio de góticos e sósias do Marilyn Manson, gente com unhas compridas e sobretudos pretos. Achei uma chatice.

Resolvi virar uma assombração do cinema. Comecei a voar como um fantasma, com um lençol branco transparente, para assustar. Vi chocolates na bombonière, entrei no banheiro. Depois fiquei me virando de cabeça para baixo e as pernas para o alto de uma fileira para outra, dando risadas bem alto, daquelas do “Thriller”. Talvez as pessoas só tenham pensado que aquilo fazia parte da divulgação do filme.

PORQUE HOJE É SÁBADO, PORQUE HOJE É CARNAVAL

ou por qualquer outra razão, sonhei que estava no Rio de Janeiro, passando pelo sambódromo que é bem pequeno, se formos comparar com as imagens da rede globo. Sílvia, uma ótima carioca que conhecemos lá, deu a resposta para essa diferença de tamanho: é que eles filmam os desfiles em grande angular. Pode ser. Não entrei no sambódromo, mas achei muito pequeno, mesmo que simpático, ali num cantinho em direção ao centro.


Ao contrário do sambódromo, a confeitaria Colombo me parecia menor do que ela é, pé direito alto que só, grande até o fundo

E é o centro do Rio o que eu mais gosto de lá. Gosto muito do Rio, do pouco que conheço, queria ir mais e mais. Entrar por exemplo na Biblioteca Nacional. Quando viajei ao Rio especialmente para visitar a BN ela estava em greve.

No sonho, o Ciço ia viajar com a gente. Depois de passar de ônibus, rápido, em frente ao sambódromo, ficamos passeando no centro do Rio, vendo os inúmeros bob’s, sucos e mates. A gente comentava a supremacia do Bob’s na cidade, o que era bem visto, porque empresa brasileira (ainda é?). O Rei do Mate, que respeitamos também bastante. Aquele sanduíche tost é ótimo no custo-benefício, que acho que comi um no sonho.


Cine Odeon, por A. Cantuária

Ao redor e redor, o cine Odeon, as ruas frescas, de prédios novos ou antigos. Descobri perto da praça Paris um portal enorme, lindíssimo. Não deve existir de verdade. Era alto, imponente e delicado. De ferro, mas leve que poderia ser de madeira, com motivos florais orientais. Fiquei boquiaberta.


Era um sábado, que rua é não lembro mais

Depois o SAARA, que eu gostei muito quando fomos agora em dezembro, mesmo com muita chuva, milhares de guarda-chuvas abertos no entre-festas (passado o natal, a poucos dias do ano-novo).

O passeio do sonho com o Ciço foi lúdico, didático. Apontava para o alto o telhado da biblioteca nacional, era uma cúpula (ontem essa palavra apareceu numa das atividades de um livro de francês).


Os fundos da BN, por A. Cantuária

Aproveitávamos para escutar Maria Bethânia dizer que gostava muito do centro de São Paulo, mais alguém falar do centro de Curitiba. De isso se ampliar aos centro-da-cidade de todas as cidades, como Santos, que tem um centro gracioso, ainda com muito a descobrir.


Tiradentes, dezembro agora

Indo mais longe, centros históricos, como o de Tiradentes, ou como o de João Pessoa, que é simplesmente encantador; são dois lugares que passamos tão rapidamente que será impossível não voltar.


uma esquina de João Pessoa

Acordei com vontade de ver fotos e mais fotos do Rio, fotos de viagem, e entrando no meu flickr recebo a boa notícia de que uma foto minha de Lyon foi selecionada para ilustrar um guia na internet: schmap. E olha que eu postei a dita foto justamente para falar de um sonho que tive de Lyon.