TUDO É VERDADE

em “A mulher de 30 anos”, de Balzac. Peguei o livro como uma autopiada (e para entender o fato de Balzac ter se tornado padrinho das mulheres de 30) e saio com muito mais do que esperava. Nenhuma lição moral e ao mesmo tempo uma grande lição moral.

A verdade e a realidade sem nenhuma base sólida. Mesmo com as incoerências mais evidentes – um capítulo termina em 1823, o seguinte continua em 1821-, com erros de continuidade que Balzac não escondia do leitor, e justificava como podia: apelando justamente para a vontade do leitor. É o leitor que quer que as mulheres daquelas histórias sejam uma só. Como talvez ainda hoje vejamos sempre as mesmas personagens de uma história a outra: de Truffaut a Manoel Carlos…

Ou mesmo em “Almas à venda”, de Sophie Barthes, que coloca Paul Giamatti fazendo ele mesmo, já sem a surpresa que o recurso trouxe em outros filmes. De que maneira o filme explora a homonímia? Nos fazendo lembrar de que os atores, querendo ou não, vendem as suas almas?

Ideia maluca terminando o post: um biofilme sobre Balzac com Paul Giamatti – no papel de Balzac.

Publicado por

anameliacoelho

Conto estórias, crocheto, tricoto, junto fios e tramas.

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