seria na água. Gosto muito de água, acreditava que seria um bom meio de transição para x bebê. Assisti vários vídeos de partos em banheiras. Assegurei-me que poderia ter uma na casa de parto.
Também imaginava um trabalho de parto longo. Muitas contrações espaçadas; eu poderia dormir entre elas. Talvez durasse mais de um dia… estava pronta pra enfrentar uma maratona.
Levei umas garrafas de água de coco na mala. Queria tomar algo de gostoso e nutritivo durante o trabalho de parto; hidratar e dar um gostinho de coco àquele momento.
Pensava que iria chorar muito ao ver x bebê, assim como eu chorava lendo e vendo vídeos de parto.
No fim das contas, Francisco nasceu na cama da sala de parto. Poderia ter sido de cócoras; mas na hora, improvisei ficar de quatro apoios — de acordo com o que sentia naquele momento. Nem foi possível cogitar a banheira porque chegamos na casa de parto com dilatação total e quase coroando. Tive contrações pouco espaçadas, não dormi. Foi muito rápido, tudo aconteceu em seis horas. Só comi uma banana durante esse tempo. A água de coco ficou lá esquecida na mala. Não chorei ao ver o Francisco; estava radiante de alegria. Fui chorar só dias depois, ao voltar pra casa e quando recebemos a certidão de nascimento.
Entre o planejado e a realidade, o mais importante foi ter-me preparado para o imprevisível.