ESSA HISTÓRIA TODA

de acordo ortográfico, além de movimentar a máquina editorial, as caras consultorias empresariais e dar assunto de conversa em quase todas as rodas (seja na fila do banco, seja no curso de Letras, seja no Jornal Nacional), faz as pessoas pensarem na língua ou não?

Penso nisso além de tudo porque fui ao Museu da Língua Portuguesa esses dias, ver a exposição do Machado (sempre Machado).

No acervo fixo do museu, aquela projeção de poemas, o de Gregório de Matos, muito bem interpretado e realizado com apuro visual, é o único que vem acompanhado da referência da época em que foi escrito: “século 17”. Isso porque seria facilmente confundido com um rap de hoje em dia?


do pouco que conheço, gosto dele, sabe…

Agora com as modificações do acordo, como ficam todas as apresentações fixas do museu? Terão que ser readequadas? Nossa, que trabalhão vai dar.

Não gosto muito das mudanças a que temos que nos submeter: como diferenciar a pronúncia de teia e ideia? Ai que triste…

Será que nessa correção o pessoal do museu vai alterar a grafia de caraoquê (na lista de palavras de origem asiática) para karaokê, como todo mundo usa? Fora o museu e o dicionário Houaiss, poucos são os que ousam escrever caraoquê. Caraoquê me lembra piteça, forma que um daqueles gramáticos doidos queria que fosse dada a pizza.

Publicado por

anameliacoelho

Conto estórias, crocheto, tricoto, junto fios e tramas.

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