NESTE FILME

a mesma ponte – Bir-Hakeim, viaduto de Passy, Paris – de outros filmes

parece que estamos brincando de cabra-cega: o expectador (aquele que espera, sabe do tempo dessa brincadeira, e que o filme chegará ao final e alguma resposta vai aparecer no desenrolar dos créditos, a resposta que ele aguarda chegar) deixa que a venda pouse sobre seus olhos, que cubra a vista para que então as coisas possam ser descobertas.

Ele se deixa enganar – procurando significado em tudo, nas mínimas palavras, nos olhares mais furtivos – como o protagonista do filme constrói a armadilha que vai enganá-lo.

Tudo é estranho então? Talvez não. A venda não esconde tudo – ela mesma mostra algo. O expectador vendado, na brincadeira, aceita o que lhe cabe, inquieto.

Publicado por

anameliacoelho

Conto estórias, crocheto, tricoto, junto fios e tramas.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s