A LUA

é nosso satélite natural — isso a gente aprende na escola. No dia a dia, a gente vai acompanhando pelo céu suas mudanças de fase: cheia, minguante, nova, crescente. As marés, todo mundo sabe, sofrem influência do magnetismo lunar.

Não sei bem quando ou como ouvi falar que havia fases da lua mais propícias para cortar o cabelo. A partir daí, preferi ir ao salão durante a lua crescente ou cheia, já que meus cabelos tem pouco volume.

Com o passar do tempo, fiquei sabendo que a lua rege o ciclo menstrual — uma baita descoberta, visto que sempre tinha irregularidades no ciclo; a menstruação ou vinha muito antes ou atrasava demais. Faz pouco tempo, fui atrás de um calendário lunar menstrual, para ir anotando, como um diário, as mudanças no corpo. Depois de uns meses, posso dizer que o resultado é muito bom! Ir seguindo no céu o ritmo das fases, seus significados, está sendo uma maneira de sintonizar meu ciclo. As cólicas e mal-estar vão diminuindo.

Ao longo de minhas variadas leituras, fiquei sabendo que a lua rege, na verdade, toda uma série de atividades da natureza: a semeadura e as colheitas; a poda e a rega das plantas; o corte de unha e cabelos; a limpeza da casa; mesmo afazeres domésticos, como lavar roupa ou fazer faxina tem dias mais favoráveis, segundo a fase da lua. O Carnaval e a Páscoa, duas das principais festas religiosas e culturais, tem suas datas definidas pela lua.

Olhando o calendário e observando os acontecimentos, também consigo fazer uma relação entre a fase da lua e o humor do Francisco. A lua rege também a vida materna e do bebê. Ela também é a regente do meu signo, Câncer. É toda uma série de razões que tem me feito prestar mais atenção a ela.

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Aqui no blog há uma série de posts sobre a lua e como ela marcou um período da minha vida, em que eu pude olhar para um céu aberto e cheio de cores, diferente do céu cercado de prédios em São Paulo. Há mesmo um post preciso em que eu busco alguma relação entre a lua e a mudança das estações do ano. Um evento muito marcante para mim foi o nascimento do Francisco, que ocorreu exatamente num dia de mudança de fase da lua, de nova para crescente — uma vizinha havia contado para mim, quando eu ainda estava grávida, que dia de mudança da lua é propício a nascimentos. Dito e feito.

Ainda tudo é muito superficial e misturado — leio aqui e ali, vou tentando experimentar e sobretudo ver como as coisas se desenrolam.  De maneira mais bela já disse o Gilberto Gil:

O luar 
Do luar não há mais nada a dizer 
A não ser 
Que a gente precisa ver o luar 

Que a gente precisa ver para crer 
Diz o dito popular 
Uma vez que é feito só para ser visto 
Se a gente não vê, não há 

Se a noite inventa a escuridão 
A luz inventa o luar 
O olho da vida inventa a visão 
Doce clarão sobre o mar 

Já que existe lua 
Vai-se para rua ver 
Crer e testemunhar 

O luar 
Do luar só interessa saber 
Onde está 
Que a gente precisa ver o luar