pelo celular, de uma colega de trabalho que voltava da Europa para morar aqui em São Paulo: “caso eu passe mal na rua, corro risco de morte; peço que me leve a um centro especializado, etc. etc.”. Ela tinha uma doença grave que poderia causar uma morte fulminante.
Não conheço direito essa colega. Aos poucos foram chegando informações: ela tinha nascido em Campo Grande-MS, os pais como sabia eram europeus, ela tinha vivido em várias cidades pelo Brasil. Por que estaria voltando para o Brasil, se estava bem em Paris? Como ela tinha meu número de celular?
Um dia no metrô recebo uma mensagem dela: “estou quase morrendo, na estação do metrô…” O texto, interrompido, poderia mostrar que ela estava já num estado muito grave. Por acaso estou numa estação de metrô. Saio desesperada, indo para todos os lados, tentando saber em que estação ela estaria.
Na rua, corro entre os carros, bondes e motos; escapo por pouco de algum me pegar.