de novo um título que me chama; os elefantes são obras de Dostoievski traduzidas do russo para o alemão por uma ucraniana, Swetlana Geir, hoje já velhinha, passando de um cômodo a outro da sua casa, nas tarefas de todo dia: cortar cebolas, alinhar as fibras da roupa com o ferro de passar, juntar a família, trabalhar com os textos. E o trabalho, do qual não se sai impune (e não se entra sem razão alguma), não se faz apenas sozinho.
E em dupla, como num jogo de tabuleiro, ela nos dá uma lição: em vez de olhar só para o texto, o nariz virado para o umbigo, os olhares se levantam para o outro, e assim o nariz respira o texto que emana do papel.
Adendo, informada pelo Ciço: http://blogs.estadao.com.br/luiz-zanin/morre-a-mulher-dos-cinco-elefantes